leves como uma pena. são os teus dedos no meu pescoço de menina galanteada. um arrepio sobe e desce e toca lá bem fundo. porto-me que nem uma donzela. jogo e jogo mais. tu também, teimoso como a merda (até a puta da merda é teimosa). sabes para mais, que te fica bem tamanha teimosia. sai o não, avança a boca, sai o talvez, recua outra vez. e joga-se o ciclo vicioso da democracia amorosa. sim porque o amor agora também tem destas coisas. os bens parecer agora servem para "nos darmos bem" e o amor da eternidade virou "andamos a curtir". depois há os que se amam de verdade e recuam sempre a boca. a perna. o braço e o baço. a alma e o coração. até a mão. as massas e os pares acham que é a unica alternativa para a emancipação. nem o coração já manda na razão. por isso gosto dos loucos. não há razão que lhe exijam que não rejeitem e deitem ao chão. ou ao coração! esse o chão de muitos lamentos e de muitos amores. acredito que esses ainda escrevam cartas de amor e planeem a "morte mágica", num suícidio no plural do mais que perfeito! uma coisa é certa...afugentam a razão. coisa que tu não fazes, seu teimoso. continuas a sofrer do mais psicótico de todos os síndromes...materialização do coração. chego a achar que tenho razão e perco a total noção do limite onde já me levaste. ao minucioso ponto onde rebenta tamanho prazer. em fase regenerativa da ressaca, degeneram-se os meus sentidos da realidade. a mão desce e já vai lá bem baixinho. quando as luzes se apagam pelo peso das minhas pálpebras. toda a energia é acumulada num só ponto. adormeço aí e acordo aqui. não sei o seu princípio nem o seu fim. só sei que adormeci!
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