já?



está finalmente na hora de virar a página. quem sabe, debitar palavras certas ao rubor daquilo que me pedem. ser eu no sentido mais comum...deixar-me de ilusões banais de que a diferença, tal como a infância são eternos e preponentes. sou eu de facto mas...sem a minha parte mais clara. o sol por vezes brilha muito...mas sempre lá no alto, naquele ponto intocável que jamis terei forças para atingir. resistir à maré...lutar contra a corrente faria de mim alguém muito melhor, mas...acho que não serei capaz. Vivo neste mundo...com todas as pessoas que sempre conheci e que um dia me poderei vir a cruzar e não posso simplesmente fugir disso. no fundo, todos nós devemos ter esse pequeno capricho de lutar contra o incerto, afirmarmo-nos na primeira pessoa, rejeitar as regras universais que nos regem, querer a diferença, querer mais do que o que temos...no fundo, todos nós acabamos um dia para desistir! Talvez tenha chegado o meu tempo. talvez tenha chegado o momento de dizer não à infância saudosa que me marcou para sempre. talvez tenha chegado a hora de admitir que cresci e que não sou mais que um alguém no meio de uma multidão imensa de outros alguéns iguais a mim. falhei...


(um pequeno desabafo numa hora dificil. fiquei sozinha a pensar num turbilhão de coisas que me desanimaram a alma que já andava cansada. espero que seja apenas isso e que descubra lá no fundo uma réstia de coragem para continuar a trilhar o meu caminho!)

Sem comentários: