sou uma poeta ou uma igual a todas outras que não poetas?
expresso muitas e muitas vezes e sempre com muita emoção essa vontade de ser poeta. quem seria eu se fosse poeta, penso...e nem sei quem são os poetas. já parei. nem digo mais vezes a palavra poeta...mas ela persegue-me! ou até sou eu que a persigo e a desejo. a fragilidade que me assombra retrai-me. penso, penso e repenso (segundo sei os poetas pensam) e na minha loucura (todos os poetas são loucos) e na minha fantasia (!) encontro mil teorias e verdades, intrigas e mentiras e...sinto-me frustrada...a minha teia é sempre e sempre e ainda mais sempre maior. depois vou debitando palavras aqui e ali...pronunciadas na voz rouca do silêncio...na mão cerrada da multidão. ranjo os dentes de frio e arrepio-me dessa voz inportuna. fecho a janela e nada resulta. continuo a mergulhar lá fora...a rasgar a barreira entra a verdade e a solião. fundo-os e resultam palavras no meu papel. rasgado, esborratado, velhinho...achado num qualquer recanto do passado e que hoje é o que sobra dos pozinhos que voaram quando a janela fechou. tenho tudo pa ser poeta...não me digam que não. posso até nem perceber da escrita...tudo o resto não é para se perceber não.
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