a minha estrada escolho eu. não compreendo como mortais de vasta sabedoria pensam no fim como dado adquirido. preocupam-se em contra relógio fisiológico. corre depressa essa opinião que comprar o céu deve estar na moda. eu sou de outra opinião. descobri até que nem é genético e agora tudo comprova a inexistência da amiga lógica. viro mais uma página e percebo que a forma do poeta já mudou outra vez. há que vender e não escrever. que interessam as palavras quando podem virar meros tostões. e com tamanha ribalta até o guardião lá de cima prepara a cunha para o patrão! oh céus que movem por cima das nossas cabeças e pedaço a pedaço deixam restos amolecidos do mapa. iluminam os pecados com a gratidão e eu perco-me noutro ciclo vicioso. as minhas veias precisam de aditivo para fugir. a energia dispendida aqui é muita e eu sou tão fraca. preciso de tudo isso e mais que não sabes. conta a areia da praia por favor. peço-te e eu sei que já vais dizer não. um favor é tanto quando não se tem nada para dar. e eu sou assim...fico com o trabalho árduo da procura...da contagem de cada grão mas não te fico a dever um favor. no fim de contas, tudo o que sei daquela areia nunca valeria nem um quinhão do que me cobrarias...

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