Era serena a tarde que impávida segui
O olhar encheu de força o que com o coração eu não vi
Veio a noite relembrar o passado
Esculpiu de novo o coração magoado
Desenhou com traços novos a mágoa que outrora senti

Abraço o que foi e o que será
Em cada corda da viola que a soar não voltará
Nos ouvidos embriagados da doçura
Nos lamentos esfaqueados pela ventura
Da esquina onde meu corpo frágil não ficará

Apago a chama da vela no delinear de mim
São acordes que piamente relembro para ti
Esgoto o destino em minhas mãos
Repugno as teclas que calmamente soam a nãos
Esfaqueio a coragem de quem disser que para sempre será assim!

Sem comentários: