Saíste do diabo. escureço a minha luz com rasgos de raiva por não te comer quando a insanidade me invade. afogo-me em litros de whisky de malte, velho como são velhos os anos da minha insanidade. fumo ou esfumaço qualquer cigarrilha que me prendam à boca. invade o pulmão como a seta que me espetou certeiramente. quase que não percebia a nudez do meu pecado até te ver. os anjos quiseram e fizeram. fizeram-me olhar e ver-te. ali mesmo despido no rio do meu leito. a fragilidade do guerreiro. porque sim meu amor, tu és um guerreiro. eles que falem e opininem, que julguem ou critiquem. eu sei mais que eles. eu vi-te e quis-te sempre. quis pousar-te sempre na minha cama. no meu chão. quis-te sempre para sempre a limpar o meu suor depois de uma noite a segregar amor. mas nada disto aconteceu. não te comi nem bebi...e é tão bom comer a paixão e beber o amor. ou seria bom? acaso não bebesse tanto whisky. certamente que não bricaríamos ao gato e ao rato em cenário sado-mazoquista. ou foi a adrenalina produzida nas nossas sessões que nos fascinou? a nossa neofobia ao prazer da dor levou-nos quase ao orgasmo perfeito. o diabo quis e quase que esse crime se concretiza a cada vez que penso em ti. a demência dá-me para isto...acreditar que o beijo pode ser tão capaz de ser a fórmula perfeita da perfeição. beber esse orgasmo de amor. o diabo é a sombra da nossa fatalidade. minucioso e paciente...levar-me-á até ti...à morte perfeita! sinto no teu bafo quente que ainda não acabou!

1 comentário:

Anónimo disse...

Um "grito" sem dono, dono de todos...